A Polícia Federal, em conjunto com a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (16), em Teresina, a Operação Nobody, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso especializado em fraudes previdenciárias. O grupo atuava realizando saques de benefícios de titulares fictícios e de pessoas já falecidas.
Ao todo, estão sendo cumpridos cinco mandados judiciais: três de prisão temporária e dois de busca e apreensão, todos em Teresina. As ordens foram expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Federal da capital.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve origem a partir de uma operação realizada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) da Polícia Civil do Piauí, em 2019, contra um grupo criminoso que atuava na falsificação de documentos de identidade em Teresina.
Esses documentos fraudados eram utilizados para solicitar o Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS), garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social, junto ao INSS. Um dos investigados, que já havia sido preso em flagrante anteriormente pela PF ao tentar sacar outro tipo de auxílio, realizava saques mensais utilizando o benefício de uma pessoa fictícia.
Até o momento, foram identificados 107 benefícios atrelados ao esquema, dos quais 37 apresentam comprovação de recebimento após o óbito do titular ou indícios de fraude relacionados a pessoas fictícias. O prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 2,5 milhões.
Os envolvidos poderão ser indiciados por crimes como estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso, além de outros delitos que possam ser descobertos ao longo da investigação.
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