Para diminuir os números de casos e óbitos por dengue, chikungunya, Zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil, o Governo Federal lançou, na última semana, o plano de ação para redução dos impactos das arboviroses. O documento foi construído com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato direto com as comunidades e que conhecem de perto os desafios em cada região do país, com atenção especial às áreas de maior vulnerabilidade social.
Até o momento, em 2024, o país contabiliza 6,5 milhões de casos prováveis de dengue e 5,3 mil óbitos. O Piauí registrou 15,2 mil casos e 22 mortes no período. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, que também aponta 6,5 mil casos prováveis de Zika, 256,2 mil de chikungunya e mais de 8 mil casos confirmados de oropouche em todo o país. No Piauí, foram nove casos prováveis de Zika, 838 de chikungunya e 29 casos confirmados de oropouche.
O anúncio do plano de ação aconteceu no Palácio do Planalto, com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. O documento está baseado nas evidências científicas mais atualizadas e em novas tecnologias, representando um pacto nacional para o enfrentamento dessas doenças. O objetivo é apresentar ações que serão coordenadas pelo Ministério da Saúde, em estreita parceria com estados e municípios, além da colaboração de instituições públicas e privadas e de organizações sociais.
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O programa de redução dos impactos das arboviroses trabalha em seis eixos de atuação, com foco na implementação no segundo semestre do ano — quando as condições climáticas são favoráveis ao aumento de casos. Os eixos são:
Durante o período intersazonal, ou seja, no intervalo entre os picos de casos, serão intensificadas as ações preventivas, como a retirada de criadouros do ambiente e a implementação de novas tecnologias de controle vetorial. Também será feita uma força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para a investigação oportuna de casos, coleta de amostras para diagnóstico laboratorial e identificação de sorotipos circulantes.
Está prevista, ainda, a organização de fluxos da rede assistencial, revisão dos planos de contingência locais, capacitação dos profissionais de saúde para manejo clínico, gestão dos estoques de inseticidas e insumos para diagnóstico laboratorial, além da assistência ao doente.
Para o período sazonal, caso ocorra nova alta expressiva de casos, estão previstas medidas estabelecidas no plano de contingência, focadas sobretudo no fortalecimento da rede assistencial para redução de hospitalizações e óbitos evitáveis. São prioritárias as ações relacionadas ao manejo clínico adequado, seguro e realizado em tempo oportuno, além da organização dos serviços. Nesse período, as ações de vigilância devem priorizar a coleta de amostras para exames específicos, com foco em casos graves e na investigação oportuna de óbitos.
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