Kaíque Glauber Lúcio de Farias, que morreu no acidente com um ônibus na cidade de Corrente, estava dormindo dentro do bagageiro no momento em que o veículo tombou, segundo o relato do motorista sobrevivente, com quem Kaíque revesava o volante durante a viagem, à Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O relato consta no laudo pericial preliminar da instituição sobre o caso. O documento também aponta que o veículo viajava sem manutenção. O acidente aconteceu na BR-135, na terça-feira (7), deixando sete pessoas mortas e 19 feridas (veja abaixo quem são as vítimas).
A situação (transportar passageiros no compartimento de carga) configura infração de trânsito gravíssima, com multa de R$ 293,47, remoção do veículo e 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação.
O ônibus transportava 44 pessoas: 42 passageiros e dois motoristas. Haviam, portanto, dois passageiros além de limite máximo do veículo.
Os policiais analisam ainda um HD que armazena imagens das câmeras do interior do ônibus, que podem ajudar a definir as causas do acidente.
Ainda segundo a PRF, o veículo viajava sem manutenção. O ônibus havia chegado de São Paulo para Tauá, no Ceará, ainda no dia 6, véspera do acidente, ficou na cidade por quatro horas e voltou para a estrada às 10h40 do dia 6, com destino à São Paulo.
Na manhã do dia 7 aconteceu o acidente. Para a PRF, o tempo que ficou na cidade sugere que o veículo não passou por uma revisão antes de voltar a operar.
A PRF ainda aguarda a conclusão das perícias relacionadas ao defeito mecânico que causou o acidente: o rompimento da barra da direção do ônibus. Os policiais querem saber se a peça estava danificada antes do acidente, ou se se rompeu em consequência do capotamento.
O ônibus tombou na madrugada desta terça-feira (7) na BR-135, entre São Gonçalo do Gurguéia e Corrente, no Sul do Piauí. Sete pessoas morreram e 19 ficaram feridas, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Este foi o segundo acidente envolvendo ônibus de passageiros no estado em menos de 24 horas.
Segundo a Polícia Civil, os falecidos são todos naturais do Ceará. Os nomes deles são:
Segundo a PRF, o ônibus transportava 44 pessoas: 42 passageiros e dois motoristas. Haviam, portanto dois passageiros além de limite máximo do veículo.
Ao todo, 19 passageiros, com idades entre sete e 62 anos, ficaram feridos e foram encaminhados aos hospitais regionais de Corrente, Bom Jesus e Floriano. Oito deles receberam alta e 11 permanecem internados. Dos internados, sete pacientes passaram por cirurgia e quatro estão em observação.
A empresa responsável pelo veículo, a Baleia Turismo, publicou nas suas redes sociais uma nota, lamentando o ocorrido, e informou que enviou uma equipe ao local para auxiliar nas investigações. "Neste momento de dor, prestamos nossas sinceras condolências às famílias e amigos das vítimas, desejando conforto e força para enfrentar esta difícil perda", disse em nota.
De acordo com a PRF, o ônibus partiu de Tauá (CE) e estava indo para São Paulo (SP) quando saiu da estrada e tombou às margens da BR-135. No relatório preliminar, o órgão apontou defeito mecânico e ausência de reação do motorista como as possíveis causas do acidente.
A análise do veículo feita pela PRF depois do acidente revelou que a barra da direção se rompeu. Uma perícia será feita para descobrir se a peça já estava rompida, ou se quebrou em consequência do acidente. O resultado dessa análise deve verificar ainda se havia alguma reação do motorista que pudesse evitar que o ônibus virasse.
Ainda segundo a PRF, o ônibus passou por um acidente em 2020. A perícia deve observar ainda se o defeito na barra de direção foi uma consequência desse outro acidente.
A documentação do ônibus e a habilitação dos motoristas estavam regulares. O veículo é de uma empresa de turismo.
Além da PRF, a Polícia Militar do Piauí (PMPI), a perícia da Polícia Civil do Piauí (PCPI) o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local do acidente.
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