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Bom Jesus, PI
Ao lançar um pacote de medidas contra a violência a mulher, o governador Rafael Fonteles (PT) afirmou nesta sexta-feira (28) que a alta de feminicídios no Piauí está relacionado ao machismo estrutural.
Rafael Fonteles culpa a cultura que favorece os homens e subordina as mulheres ao aumento de mortes, principalmente dentro de casa.
“Os números comprovam isso. Ao mesmo tempo que temos a redução do número de mulheres assassinadas sem ser por feminicídio, temos o aumento das mulheres assassinadas por feminicídio, que é aquele crime, muitas vezes executado pelo companheiro, ex-companheiro, namorado da vítima, e que a dificuldade é maior para o poder público agir em situações como essa”, disse o governador durante lançamento do “março Mulher”.
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Com os dados do Observatório da Mulher no Piauí em mãos, o governador lembrou que os assassinatos a mulheres reduziram de 55% para 35%, enquanto o número de feminicídio aumentou em 43%.
“É uma reflexão que ultrapassa o próprio governo, é uma reflexão que tem que estar em todo lugar, porque não é possível que ao mesmo tempo que eu consigo reduzir em 40% o número de mulheres assassinadas, sem ser por feminicídio, o número de mulheres mortas por feminicídio aumenta 60%, 70%. Tem algo errado na nossa sociedade e nós precisamos levantar isso”, disse o governador.
Durante sua fala, Rafael Fonteles garantiu que o governo tem avançado na rede de proteção e citou que aumentou em cinco vezes a Patrulha Maria da Penha, que dobrou a quantidade de delegacias e fez parceria com o Judiciário que aumentou as medidas protetivas.
“O machismo estrutural tem realmente ceifado muitas vidas de mulheres e que dificulta muito a atuação do Estado, porque são crimes que acontecem dentro de casa, dentro do lar. Portanto, muito investimento em educação, em cultura, o papel da imprensa pode ajudar também muito nisso, para a gente conscientizar as mulheres, para fazer as denúncias a qualquer sinal de violência”, disse o governador.
Tragédia em Paquetá
Em seu discurso o governador lembrou a tragédia em Paquetá em que o ex-marido matou dentro de casa a mulher grávida e os filhos de 6 anos e 8 anos.
“Às vezes o mau elemento está dentro de casa como é o caso de Paquetá e é difícil fazer a defesa das vítimas, mas temos que trabalhar a educação e conscientizar as mulheres sobre a violência e como ela pode denunciar”, disse o governador.
Veja mais:
Canais de denúncias:
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
0800 000 1673 – Ei, Mermão não se Cale
(86) 99432-6900 – Ouvidoria da Secretaria da Mulher
Disque 162 ou (86) 99544-7924– Ouvidoria Geral
Plataforma – Fala.br
Delegacias da Mulher de sua cidade ou bairro
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