O juiz Sandro Francisco Rodrigues, da Vara do Núcleo de Plantão, converteu a prisão em flagrante em preventiva de Pedro Rocha pelo assassinato de Gisele Maria Pinheiro, dentro de uma residência, no bairro Tancredo Neves, zona Sudeste de Teresina, neste sábado (05). Pedro Rocha, de 23 anos, foi preso no dia do crime após desferir golpes de canivete contra a ex-mulher.
Na decisão, o juiz analisou a conversão da prisão em preventiva nos critérios legais afirmando que Pedro confessou a pratica do crime, além de pontuar a periculosidade dele. Pedro teria assassinado a ex-esposa com 10 golpes de faca.
“A periculosidade do agente é revelada também, por sua própria declaração, de que teria ido até o fim no intento delituoso, narrando à sua tia logo após o fato, que a vítima lutou muito durante os golpes, mas já estava morta. Nota-se, portanto, a existência de indicativos de que o agente não cessou o ato e não sossegou, até que a vítima não esboçasse mais qualquer reação. No que refere à necessidade de manutenção da ordem pública, o risco de reiteração delituosa é evidenciado pela gravidade concreta do fato praticado, o que evidencia a periculosidade do agente e risco de reiteração delituosa”, afirma em trecho da decisão.
A decisão também revela detalhes do ocorrido no dia do crime. Pedro Rocha confessou o crime alegando que após olhar o celular da vítima ele teria descoberto que ela estaria “em uma vida de festa”. Segundo sua confissão, isso o teria deixado chateado. Ele foi trabalhar e por volta das 11h mandou mensagem para a ex-mulher afirmando que precisava pegar um chinelo.
Pedro teria chegado a residência por volta das 13h e ido ao quarto da vítima o que culminou em um discussão. Ele então teria sacado o canivete que estava no bolso e desferido vários golpes.
O laudo apontou que Gisele morreu em choque hipovolêmico hemorrágico, quando a pessoa perde significativamente sangue e fluidos corporais, e trauma cervical. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí.
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