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Bom Jesus, PI
Dados da Polícia Rodoviária Federal no Piauí (PRF-PI) mostram que oito pessoas morreram por mês em 2024 vítimas de acidentes envolvendo animais soltos nas rodovias do Piauí. Diante do cenário preocupante, a PRF e a Secretaria de Segurança Pública do Piauí firmaram uma parceria na tarde desta segunda-feira (28) para combater a presença dos animais nas rodovias federais.
Os números apresentados pelo órgão apontam que 69 pessoas perderam a vida ao se envolverem em acidentes com animais nas rodovias federais que cortam o Piauí, 8% de todos os óbitos por acidente. Já em 2025, nos quatro primeiros meses do ano, 31 pessoas vieram a óbito após colisões com animais soltos nas rodovias.
A partir da parceria a PRF contará com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Piauí para a identificação dos proprietários dos animais, possibilitando a responsabilização e penalização dos mesmos por essa conduta.
O Superintendente da PRF no Piauí, Fabrício Loiola, detalhou como o trabalho funcionará na prática.
“A SSP vem dar um plus em um trabalho que a Polícia Rodoviária Federal já vem fazendo de apreensão de animais soltos nas rodovias do Estado do Piauí. Estatisticamente, nós constatamos que cerca de 8% das mortes nas rodovias federais que cortam o nosso Estado, estão relacionadas ao atropelamento de animais. Além disso, no ano passado a Polícia Rodoviária Federal apreendeu ou retirou quase 3 mil animais das rodovias que cortam o Estado e esse número, neste ano, já passa de 1.100. Então, mais do que apreender e o proprietário tenha pagar estadia e multa, agora, com essa iniciativa da Diretoria de Operações de Trânsito, será possível que seja trabalhada a identificação e a responsabilização desses proprietários pelos danos causados”, afirmou.
Já Fernando Aragão, Diretor de Operações de Trânsito SSP, salientou como o governo estadual atuará na força-tarefa.
“O trabalho envolve a Polícia Militar, Polícia Civil e com essa parceria com a Polícia Rodoviária Federal terá esse objetivo de salvar vidas e diminuir o número de sequelados das nossas unidades de saúde. Vamos procurar aqui atacar em três frentes. Uma, protegendo o condutor e salvando vidas. Um segundo momento, protegendo o criador desse animal para que ele não possa responder no futuro por uma lesão ou até mesmo um homicídio culposo e preservando a própria vida do animal. Então esse trabalho será um trabalho integrado com esse objetivo, salvarmos vidas e diminuirmos o número de sequelados nas nossas unidades de saúde”, finalizou.
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