A Polícia Civil o padrasto de Maria Victória Rodrigues dos Santos, de 15 anos, após confirmar, por meio de provas técnicas, que ele estava na cena do crime no momento em que a adolescente foi assassinada com 10 facadas, em Itaueira, a 344 km de Teresina. A jovem estava grávida de aproximadamente cinco meses quando foi morta no dia 24 de março deste ano.
De acordo com o delegado João Ênio, responsável pela investigação, a prisão foi motivada por dados “irrefutáveis e inquestionáveis” obtidos com autorização judicial a partir de operadoras de telefonia, provedores de conexão e de aplicativos.
“Esses dados nos permitiram identificar quem estava no local do crime no momento do crime. Identificamos a presença dele, contrariando frontalmente a versão que ele apresentou à polícia”, afirmou o delegado.
Segundo João Ênio, o homem disse, formal e informalmente, que no dia do crime estava na localidade Pintada, na zona rural do município, na casa dos pais. No entanto, a versão foi contrariada diante da análise técnica.
“Se ele não é executor, se não é mandante, se não é partícipe, então ele seria uma testemunha. Mas essa última opção também não é crível diante das inverdades que ele apresentou. O que temos são provas objetivas, técnicas e robustas. Não podemos detalhar o conteúdo exato desses dados para não comprometer futuras investigações ou instruções processuais, mas os elementos constam nos autos e serão acessíveis à defesa”, declarou o delegado.
O policial acrescenta ainda que a investigação segue em andamento. O suspeito está preso de forma provisória porque, segundo a polícia, a relação interpessoal com familiares e com a companheira estava atrapalhando o andamento do inquérito.
“Estamos aguardando ainda a resposta da Polícia Científica com dados que possam corroborar os elementos que já colhemos nos autos. O inquérito será finalizado dentro do prazo legal e remetido ao Judiciário, para manifestação do Ministério Público”, finalizou João Ênio.
O corpo de Maria Victória chegou a passar em abril por uma exumação, em busca de mais provas e exames em relação ao crime.
O crime
Segundo a Polícia Militar, a mãe da jovem a encontrou caída no quarto, ensanguentada, e começou a gritar por socorro. Os vizinhos, ao ouvirem os gritos, foram até o local, perceberam que Maria Victória já estava sem vida e acionaram a PM. Maria Victória é filha única e estava sozinha em casa. Um dos celulares da jovem não foi encontrado após o crime.
O ex-namorado de Victória e pai do filho que ela esperava foi ouvido pela Polícia Civil. Ele informou que no dia do crime estava em casa. O delegado afirmou que ele compareceu voluntariamente à delegacia e permitiu acesso da polícia ao seu celular e ainda apresentou imagens de circuito interno de seguranças que comprovaram que ele estava em casa no período que a polícia acredita que possa ter ocorrido o crime.
Em abril, o corpo da adolescente passou por uma exumação para mais exames.
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